"Não ando na rua. Ando no mundo da Lua, falando às estrelas." Sou confusa, desajeitada e sem solução. Sou na verdade, uma eterna sonhadora, uma menina que insiste em não crescer.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
A dor do amor
Essas três palavras retumbam na minha mente e eu me agarro nelas como alguém se agarra em seu último fiapo de vida, lutando para sobreviver. Quero poder ouvi-las para sempre, da tua boca. Hipócrita. Me sinto a maior hipócrita de todos os tempos. Falei mal milhares de vezes sobre pessoas que fazem exatamente o que me encontro fazendo... A gente sempre julga errado, até entender, até ser com a gente, até sentir. Cada um tem seus motivos. Eu tenho o meu, eu tenho a ti, eu quero continuar a te ter. Eu quero. Eu desejo. Eu almejo. Eu preciso. Eu te preciso. Te preciso como qualquer viciado precisa de uma droga. És minha droga. És meu vício. Eu lavo minha alma com as lágrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto e cair sobre meu colo, fazendo arder as feridas resultantes da minha recaída depois de cinco anos de abstinência. E a cada palavra que digito, as outras três continuam ecoando em meus pensamentos. Eu te amo.
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Agora ela tinha certeza,felicidade não se encontra nariqueza
Mirella sempre teve tudo o que quis, roupas caras, sapatos mais ainda, jóias lindas, celulares de lançamentos... Filha dos maiores empreendedores da cidade, só frequentava lugares de elite, escola, baladas, restaurantes, para ela eram sempre os mais finos, os mais chiques.
Sorria para todos na rua, parecia estar sempre feliz. Quem a via passar achava ser a pessoa mais contente do universo, ela irradiava felicidade por onde quer que passava. Mas bastava ela chegar em casa para essa máscara quebrar. Parecia completa, mas era vazia. Tinha sonhos que o dinheiro não podia comprar, mas não conseguia realizá-los. Sempre quis ter amigos que não se importassem com a roupa que ela vestia ou namorar com garotos que não o faziam por ela ser rica.
O amor? Esse Mirella só conhecia o superficial, seus pais nunca estavam muito presentes e para preencher a ausência lhe enchiam de mimos. Esqueceram de lhes avisar que amor não se compra. Quem a amava de forma mais pura, possivelmente era sua chihuahua, Belinha, com quem passava todas as tardes.
Vivia em um mundo esteticamente perfeito, mas qualquer um que fosse um pouco mais fundo nele perceberia o quão torto e errado ele era. Seu maior sonho? Fugir, ir para um mundo de verdade, onde as pessoas não vivessem apenas de aparências.
Sorria para todos na rua, parecia estar sempre feliz. Quem a via passar achava ser a pessoa mais contente do universo, ela irradiava felicidade por onde quer que passava. Mas bastava ela chegar em casa para essa máscara quebrar. Parecia completa, mas era vazia. Tinha sonhos que o dinheiro não podia comprar, mas não conseguia realizá-los. Sempre quis ter amigos que não se importassem com a roupa que ela vestia ou namorar com garotos que não o faziam por ela ser rica.
O amor? Esse Mirella só conhecia o superficial, seus pais nunca estavam muito presentes e para preencher a ausência lhe enchiam de mimos. Esqueceram de lhes avisar que amor não se compra. Quem a amava de forma mais pura, possivelmente era sua chihuahua, Belinha, com quem passava todas as tardes.
Vivia em um mundo esteticamente perfeito, mas qualquer um que fosse um pouco mais fundo nele perceberia o quão torto e errado ele era. Seu maior sonho? Fugir, ir para um mundo de verdade, onde as pessoas não vivessem apenas de aparências.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Do outro lado da cidade...
Eram 18 horas quando Fernando estacionou o carro na garagem do condomínio. Estressado com o trabalho quase não percebeu a confusão que estava formada. Um conhecido veio informar-lhe do ocorrido:
– O vizinho morreu! disse ele. Constrangido, Fernando tentava lembrar de alguma característica do falecido vizinho. Esforço vão.
– Morreu como? retrucou. – Ninguém sabe direito, mas dizem que se matou.
Como alguém que vivia tão próximo a ele, com uma linda esposa, três filhos inteligentes, dinheiro e fama, coisas que Fernando só descobriu agora, poderia sofrer com uma depressão tão avassaladora a ponto de desejar tirar a própria vida? Poderia ele ter ajudado? Oferecido uma palavra de conforto talvez? A perspectiva de assumir uma parcela de culpa não o agradava nem um pouco, falaria com seu analista sobre isso na semana seguinte. Afastou com rapidez todos esses pensamentos pouco lógicos e nada práticos. Lamentou educadamente a morte daquele bom homem, foi o que disseram, e entrou para sua casa. Precisava descansar, no outro dia haveria uma importante reunião.
Do outro lado da cidade, Jorge descia do ônibus, já eram 19:30. Antes de ir para casa tinha uma parada obrigatória. Não que não estivesse cansado, estava, trabalhou debaixo do sol o dia. inteiro, mas isso só tornava aquela cerveja no final da tarde mais saborosa. Sentando-se na mesma mesa de sempre estranhou o fraco movimento. Alguns velhos amigos vieram lhe contar a triste novidade:
- Seu Chico morreu!
Seu Chico era um vizinho, morava no bairro há mais de 20 anos, senhor trabalhador, vivia contando histórias pra gurizada. Era sozinho, mas não solitário, andava sempre acompanhado de muitos amigos e agora estava até enrabichado pela morena Leonora do forró.
– Mas o que aconteceu? perguntou Jorge ainda abatido com a súbita notícia. – Parece que foi assalto...
Mais um número, mais uma estatística, mas agora ela tinha um rosto, era seu Chico, pensava Jorge. E o que mais doía em Jorge era a sensação de culpa, no fim das contas sabia que aquele assalto trazia uma parcela de responsabilidade de todos nós. Era culpa de quem tinha demais, de quem votava errado, de quem permanecia calado, de quem fechava os olhos e dormia em paz todas as noites. Ele mesmo fechara os olhos tantas vezes e agora um tapa vinha abri-los a força.
A televisão chegou no condomínio de luxo e na periferia. Fernando não estava lá. Jorge estava. Não deu entrevistas, mas seu rosto ao fundo, no canto esquerdo da tela, disse tudo o que precisava ser dito.
Sophia acompanhando os acontecimentos pela TV não pôde evitar pensar “Talvez eu quisesse ter nascido lá, do outro lado da cidade”.
– O vizinho morreu! disse ele. Constrangido, Fernando tentava lembrar de alguma característica do falecido vizinho. Esforço vão.
– Morreu como? retrucou. – Ninguém sabe direito, mas dizem que se matou.
Como alguém que vivia tão próximo a ele, com uma linda esposa, três filhos inteligentes, dinheiro e fama, coisas que Fernando só descobriu agora, poderia sofrer com uma depressão tão avassaladora a ponto de desejar tirar a própria vida? Poderia ele ter ajudado? Oferecido uma palavra de conforto talvez? A perspectiva de assumir uma parcela de culpa não o agradava nem um pouco, falaria com seu analista sobre isso na semana seguinte. Afastou com rapidez todos esses pensamentos pouco lógicos e nada práticos. Lamentou educadamente a morte daquele bom homem, foi o que disseram, e entrou para sua casa. Precisava descansar, no outro dia haveria uma importante reunião.
Do outro lado da cidade, Jorge descia do ônibus, já eram 19:30. Antes de ir para casa tinha uma parada obrigatória. Não que não estivesse cansado, estava, trabalhou debaixo do sol o dia. inteiro, mas isso só tornava aquela cerveja no final da tarde mais saborosa. Sentando-se na mesma mesa de sempre estranhou o fraco movimento. Alguns velhos amigos vieram lhe contar a triste novidade:
- Seu Chico morreu!
Seu Chico era um vizinho, morava no bairro há mais de 20 anos, senhor trabalhador, vivia contando histórias pra gurizada. Era sozinho, mas não solitário, andava sempre acompanhado de muitos amigos e agora estava até enrabichado pela morena Leonora do forró.
– Mas o que aconteceu? perguntou Jorge ainda abatido com a súbita notícia. – Parece que foi assalto...
Mais um número, mais uma estatística, mas agora ela tinha um rosto, era seu Chico, pensava Jorge. E o que mais doía em Jorge era a sensação de culpa, no fim das contas sabia que aquele assalto trazia uma parcela de responsabilidade de todos nós. Era culpa de quem tinha demais, de quem votava errado, de quem permanecia calado, de quem fechava os olhos e dormia em paz todas as noites. Ele mesmo fechara os olhos tantas vezes e agora um tapa vinha abri-los a força.
A televisão chegou no condomínio de luxo e na periferia. Fernando não estava lá. Jorge estava. Não deu entrevistas, mas seu rosto ao fundo, no canto esquerdo da tela, disse tudo o que precisava ser dito.
Sophia acompanhando os acontecimentos pela TV não pôde evitar pensar “Talvez eu quisesse ter nascido lá, do outro lado da cidade”.
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
2013...
Será um Ano Novo de verdade? Ficamos pensativos nesta época... O ano novo esta aí, mas e agora? Você já parou para pensar neste ano que viveu? Ou já está no ritmo alucinante do novo e esquecendo no que pode fazer para melhorar? Pense e lembre daquele abraço que não deu. Pense e lembre daquele pedido de desculpas, que por orgulho não deu. Pense e lembre das atitudes impensadas com aquela pessoa querida.
2012 foi bastante difícil pra muita gente que eu conheço, me deu duras lições e sambou na minha cara inúmeras vezes... Enfim acabou, e de todo o coração, espero que 2013 seja bom, seja iluminado, divertido, doce pra todo mundo. Riam até a barriga doer, tirem ótimas noites de sono e estejam com quem importa.
Bom, não gosto muito de fazer listas, pois nem sempre as sigo. Mas já tenho minhas listas mentais aqui. Façam isso também!
Beijo grande e feliz 2013!
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